254 pilotos em pista, 27 nacionalidades, duas magníficas corridas, vencedores de mérito, a IAME International Final 2013 foi muito interessante. No entanto, a impressão geral no final do encontro não é unânime, devido a várias deficiências numa organização que sofre em comparação com as competições actuais.
Certamente faltou um patrão a esta prova mundial, tanto na preparação como no seu desenrolar. A IAME delegou a organização ao KCPOM e Olivier Cèbe para a parte administrativa e ao Lyon Kart Master Club de Stéphane Deschiens no terreno. Os Oficiais eram na maioria Franceses e experientes (FFSA, CIK, NSK, WSK). Mas na ausência de um responsável a supervisionar todas estas partes, a tensão era palpável durante todo o encontro, cada um rejeitando a responsabilidade dos problemas encontrados sobre os outros e as criticas são bastante numerosas de todos os lados para que o saldo seja positivo.
No entanto as categorias X30 oferecem um conceito atractivo graças a um custo razoável e um desempenho muito semelhante. Uma pequena equipa e um bom piloto podem ainda rivalizar com os experientes sem se arruinar, coisa rara noutras competições nos dias de hoje. As diferenças de desempenhos observadas são principalmente a nível de diferentes pilotagens. Os pneus brasileiros Komet foram plenamente satisfatórios para os concorrentes, principalmente os slicks.
Numerosos atrasos foram constatados, devido a acidentes, mas também do lado dos Comissários de Pista ou do Médico (nenhuma critica pessoal aqui, foi a organização que falhou). A informação dos pilotos não esteve à altura nestes momentos: uma grande confusão nos horários impediu alguns concorrentes de participarem a uma das suas mangas. Além disso, os anúncios eram feitos apenas em Francês, uma língua deliciosa que apreciamos particularmente, mas que não era compreendida por todos, longe disso. Com um paddock tão extenso, a afixação e a difusão das informações e resultados mereciam ser multiplicados. Muitos participantes não sabiam onde nem a quem se dirigir para obter resposta às suas perguntas.
Habituados a circuitos muito bem desenvolvidos, WSK, FFSA, NSK, … a decoração da pista para a final IAME pareceu-nos muito pobre para um evento mundial. O circuito de Lyon também envelheceu um pouco a nível de segurança. Sem falar da primeira curva que causa muitos acidentes na partida e arruína a corrida de talentosos pilotos, alguns pontos do traçado sofrem com a presença de pneus de protecção que provocam empilhamentos de karts e danos, em vez de reduzir os riscos. Pensamos nomeadamente ao cotovelo esquerdo depois da parabólica.
Difícil igualmente de assegurar uma boa equidade nas penalidades das acções maliciosas, com tantas corridas e tantos pilotos (34 nas mangas Senior), sem meios vídeo. A Comissão Desportiva distribuiu bastantes penalidades desde o início da manifestação, mas teria sido mais eficaz com as câmaras, nomeadamente nas partidas.
Os Jornalistas já conheceram melhores condições de trabalho do que as de Lyon onde a conexão à Internet é um problema de longa data. Partilhar duas pens 3G caprichosas para uma dezena de representantes Internacionais, leva-nos a 10 anos atrás, quando o wi-fi atinge nos dias de hoje os cantos mais remotos do Planeta. A Sala de Imprensa, finalmente instalada no chalé no “meio do padock” após alguma errância, era também utilizada para outros fins, o que não era ideal para trabalhar.
Felizmente, as corridas foram bastante disputadas com magníficas lutas e sensacionais recuperações. A X30 convém perfeitamente à prática actual de uma maioria dos pilotos. A mecânica é simples, fiável, eficaz e muito parecida. Não falta muito para que a fórmula principal da IAME expluda tão bem no Internacional como nas competições Nacionais.
Info Kartcom / © Fotografia KSP