O circuito de Bahreïn é particularmente bem estudado no plano de segurança, com escapatórias muito largas e é preciso ser-se verdadeiramente azarado para se ferir.
Os primeiros treinos do M18 e do Troféu Academia mostraram que alguns pilotos aproveitavam essas zonas para ganhar velocidade e assim tempo, saindo dos limites materializados por linhas brancas. O que fazer para os dissuadir ? À partida, a solução implementada já não fazia a unanimidade, mas, de seguida, provou ser verdadeiramente inadaptada. Os blocos Tecpro foram colocados, em círculo, próximo do limite da pista, mesmo na saída da curva. O processo foi de uma eficácia diabólica.
Desde que um kart alargava um pouco a trajectória, o que pode acontecer facilmente em competição, ele chocava com as barreiras de protecção utilizadas inadequadamente, ainda para mais lastradas em vários sítios, e era projectado violentamente num pião em plena curva. Não é necessário fazer um desenho par compreender as consequências no pelotão. Vários concorrentes destruíram um chassi, arruinando as suas esperanças nesta ocasião e um piloto terminou mesmo o seu fim-de-semana no hospital à espera de ser operado. É verdadeiramente lamentável degradar assim a segurança básica de uma instalação notável.
É certo que o traçado de Bahreïn é específico na configuração destas grandes escapatórias e a situação merece ser estudada. Os projectistas do circuito estão conscientes e prontos para procurar soluções simples e eficazes, no sentido de uma auto-sanção no caso de exagero. Com a reactividade e a implicação das pessoas de Bahreïn, o local poderá facilmente tornar-se num laboratório de escala natural para tais experiências.
Info Kartcom / © Fotografia KSP